domingo, 7 de fevereiro de 2016

2016: no mercado de Vila do Conde




[fotografias: Arquivo Municipal de Vila do Conde]

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“Que todas as mercadorias que vierem por esta Vila, assim em carros, como em bestas, como ao colo, como por qualquer outra maneira, que todas venham diretamente ao Paço e que aí se vendam e estejam 3 dias, para todos haverem parte”. (in Livro das Sessões, 1466).


Os mercados nunca foram apenas o lugar de trocas comerciais. Do Ocidente ao Oriente, são espaços de encontro, de equilíbrio. De danças primaveris a trocas matrimoniais ou ritos de obtenção de chuva, locais de fecundidade ou de influência celeste. Sempre lugares de paz.
Os mercados e as feiras têm uma importância fundamental na construção do tecido social e económico ao longo da história da humanidade. A prática de venda ambulante na Europa remonta à Idade Média, constituindo uma das primeiras formas de comércio que se manteve, com poucas alterações, até aos nossos dias.
As primeiras referências ao mercado de Vila do Conde datam de 1466. Mas só a partir de 1934 é que a feira passa a efetuar-se semanalmente num dia fixo — à sexta-feira. Até aos anos 60, eram os locais onde os moços se apresentavam aos patrões, para arranjar trabalho no campo. Com o decorrer dos anos, as feiras foram perdendo este brilho e a lavoura foi ficando sem moços...

No dia 27 de março de 2016 fará um ano do fim das obras de remodelação do mercado de Vila do Conde. O espaço tornou-me mais organizado e agradável, tanto para os comerciantes como para os clientes.
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